quarta-feira, 11 de abril de 2012

ESPECIALISMO

A comparação tem que ser um mecanismo do ego, pois o amor não faz nenhuma. O especialismo sempre faz comparações. É estabelecido por uma falta que é vista no outro e é mantido pela busca de faltas e por deixar à vista todas as faltas que for capaz de perceber. Isso é o que ele busca e é para isso que olha. Frente à pequenez que vês nele, ficas alto e nobre, limpo e honesto, puro e sem mancha em comparação com o que vês. E nem sequer compreendes que assim, é a ti mesmo que diminuis.

O especialismo é a ideia do pecado que se fez real. É impossível até mesmo imaginar o pecado sem essa base. Pois o pecado surgiu dela, surgiu do nada; uma flor maléfica totalmente sem raízes. Aqui está aquele que fez a si mesmo “salvador”, o “criador” que não cria como o Pai, e que fez o Seu Filho como a si mesmo e não como Ele. Seus filhos “especiais” são muitos, nunca um só, cada um exilado de si mesmo e Daquele de Quem é parte. E também não amam a Unicidade Que os criou unos com Ela. Escolheram o seu especialismo em vez do Céu e da paz e envolvem-no cuidadosamente no pecado para mantê-lo “a salvo” da verdade.

Tu não és especial. Podes defender o teu especialismo, mas nunca ouvirás a Voz que fala por Deus ao seu lado. Eles falam linguas diferentes e caem em ouvidos diferentes. Para cada pessoa especial a verdade é uma mensagem diferente, com significado diferente. No entanto, como é possível que a verdade seja diferente para cada um? As mensagens especiais que os especiais ouvem os convencem de que eles são diferentes e à parte, cada um em seus pecados especiais e “a salvo” do amor, que absolutamente não vê o seu especialismo. A visão de Cristo é “inimiga” para com eles, pois não vê o objeto de seus olhares e quer mostrar-lhes que o especialismo que pensam que vêem é uma ilusão.

O que poderiam ver em seu lugar? A brilhante radiância do Filho de Deus, tão semelhante a seu Pai que a memória do Pai salta à mente no mesmo instante. E com essa memória, o Filho se lembra das suas próprias criações tão semelhantes a ele quanto ele em relação a seu Pai. E todo o mundo que ele fez e todo o seu especialismo e todos os pecados que manteve em defesa disso e contra si mesmo se desvanecerão, à medida que a sua mente aceita a verdade sobre ele mesmo, à medida que ela retorna para ocupar o lugar de tudo isso. Esse é o único “custo” da verdade: não mais verás o que nunca existiu, nem ouvirás o que não tem som. É um sacrifício não desistir de nada e receber o Amor de Deus para sempre?

Aqui está aquele que pode te salvar do teu especialismo. Ele tem necessidade da tua aceitação dele próprio como parte de ti, assim como tu tens da dele. Vós sois iguais para Deus, assim como Deus é para Si Mesmo. Ele não é especial, pois não quer guardar parte do que Ele é só para Si Mesmo, negando-a a Seu Filho e reservando-a só para Si. E é disso que tens medo, pois se Ele não é especial, então é Sua Vontade que Seu Filho seja como Ele e o teu irmão é como tu. Não especial, mas possuidor de todas as coisas, incluindo a ti. Dá-lhe apenas o que ele já tem, lembrando que Deus Se deu a ti e ao teu irmão em amor igual para que ambos possais compartilhar o universo com Aquele Que escolheu que o amor nunca poderia ser dividido nem mantido separado do que ele é, e não pode deixar de ser para sempre.

A santidade do teu irmão é sacramento e benção para ti. Os seus erros não são capazes de impedir que a benção de Deus esteja com ele, nem que ela esteja contigo que o vês verdadeiramente. Os seus enganos podem causar um atraso, que é dado a ti anular para ele, de tal forma que ambos possam terminar uma jornada que jamais começou e não precisa ter fim. O que nunca existiu não faz parte de ti. Entretanto, pensarás que faz, enquanto não te deres conta de que não faz parte daquele que está ao teu lado. Ele é o teu espelho e nesse espelho verás o julgamento que fizeste acerca de ambos. O Cristo em ti contempla a sua santidade. O teu especialismo olha para o seu corpo e não o contempla.

(extraído de UCEM)

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